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Sabado, 25 de Agosto 2007 - 18h20

 

Pais põem detetives atrás dos filhos

 

 

 

Já virou produto corrente no mercado de detetives. Em meio a anúncios de serviços em casos conjugais e empresariais, as agências particulares se oferecem para vasculhar a vida de filhos adolescentes. Ao ver uma dessas propagandas, Selma (nome fictício) decidiu contratar um profissional para investigar seus filhos, então com dez e treze anos. Isso foi há um ano.
- Via muita notícia de tráfico de droga e pedofilia que existe na internet. Fiquei com medo e quis contratar o detetive para saber o que eles viam, conta a mãe, que pertence à classe A. A reportagem conversou com ela por telefone, sem identificar seu nome, por intermédio do investigador particular. Na frente da reportagem, outro detetive ligou para alguns clientes solicitando o depoimento, em vão. Ninguém quer falar, mesmo sem revelar o nome.

O casal de filhos de Selma mudou o comportamento e passou a permanecer horas a fio à frente do computador, na rede mundial de computadores. A mãe alimentou dúvidas por dois meses, e passou a considerar a contratação de um detetive depois da notícia de uma avó, em São José do Rio Preto, que se passou pela neta e descobriu que a menina era aliciada por um pedófilo, em salas de bate-papo. Ela pagou mil reais para que o detetive instalasse um programa espião no computador dos filhos, com objetivo de verificar as visitas a sites, imagens vistas e conversas tecladas. O trabalho durou oito dias.

Drogas

Mas a maioria das buscas para investigação do próprio filho é em função da suspeita de uso de entorpecentes. A demanda aumentou nos últimos cinco anos, dizem os detetives.
- Há 20 anos os pais queriam saber se a criança matava aula. De um tempo para cá, passaram a se preocupar com drogas, e hoje, com o sexo, comenta o agente D.F., que não quer se identificar.
A própria justificativa da investigação também mudou, de uma década para cá. Atualmente, a família cita a palavra “droga” quando procura um detetive.
- Antes eles falavam que queriam ver se o filho andava com más companhias, compara Eduardo Smith, no ramo há doze anos.

Idades

A área conjugal ainda é o principal filão para os detetives, à frente das questões empresariais, em que funcionários são os investigados – casos de espionagem industrial, venda de informações e roubo são as mais freqüentes constatações.

Mas investigação de filhos passou de dez para trinta por cento da demanda, afirma Smith, cujo sobrenome não é referência a detetives de romance, mas um apelido alcunhado por amigos.
Setenta por cento dos investigados são homens, e a idade (de ambos os sexos) varia muito: a maior parte entre os 14 e 18 anos, mas há investigados de até 25 anos.

A missão

Os detetives preferem não usar o termo “perseguição”. Dizem que fazem o “acompanhamento” dos investigados, missão que sai de R$ 280 a R$ 500 cada três horas, dependendo das distâncias percorridas e do nível de sofisticação do trabalho.
Chegam a usar binóculos que filmam no escuro, câmeras escondidas em óculos e até roupas caras, se precisarem entrar num local mais “chique”. Também não dispensam o tênis e o bermudão, se a ação for numa rave.
- Tenho freqüentado muitas baladas, diz Smith.
Numa festa eletrônica, verificou que o rapaz que investigava tinha conduta errada. Mas a constatação era diferente do que suspeitava o tio, que contratara o detetive.
- Diferentemente do que ele pensava, o rapaz não só usava drogas, mas traficava. Ele passava a mercadoria dentro de banheiros químicos, relata o investigador.
Nessas investigações, D.F. descobriu que um adolescente de 19 anos não estava envolvido em drogas, como pensavam os pais, mas com outro homem. Uma mãe, do estado de Goiás, já contratou o agente Breno Teodoro para detectar porque a filha, universitária em Ribeirão, andava com roupas caras. A estudante saía com um homem mais velho, que lhe dava dinheiro.
Na internet, há vezes em que o detetive se passa pela criança para conversar com quem está do outro lado, destaca Teodoro. Trinta por cento dos solicitações que recebe são de investigações no ambiente virtual.
- Quarenta por cento dos investigados estão em algum tipo de desvio, diz.

Reações

Apesar de suspeitarem a ponto de contratar detetives, muitos pais acompanham as investigações com um sentimento contraditório.
- Eles torcem para que o filho não seja pego, cita D.F.
Mas se constatam que o filho está comprando drogas, por exemplo, o trabalho pára por aí. As famílias nem querem saber quem são os fornecedores do entorpecente.
- Eles só querem salvar o filho, e acabou, conta Smith.


Investigação existe porque falta diálogo, dizem especialistas
Selma diz que contratou detetive para verificar o que os filhos viam na internet por prevenção.
- Não acho invasão. Eles são crianças e eu sou responsável pelo bem-estar deles, declara.
Para psicólogos e psiquiatras, a investigação existe porque falta diálogo entre pais e filhos.
- Se ele contrata, é porque não sabe o que acontece com o filho. É um desastre da relação afetiva, afirma Sérgio Kodato, professor de Psicologia da Universidade de São Paulo, em Ribeirão.
Essa atitude é considerada extrema, assim como quando há evidências de que o filho está em conduta errada, mas os pais não admitem. Isso seria negligência, comenta o psiquiatra Erikson Furtado, da faculdade de Medicina da USP, em Ribeirão, que trabalha com adolescentes há duas décadas.
- Do ponto de vista da saúde e do tratamento, isso não é recomendado, diz.
Investigar a vida dos filhos dessa forma é medida autoritária e antiética, avalia Kodato. Pode significar padrões muito rígidos e sentimentos reprimidos. O professor diz que há pais nas gerações atuais que ainda não sabem lidar com a individualidade dos filhos.
- Antigamente, o filho seguia o pai em tudo, até na profissão, destaca.
O ideal é que haja comunicação entre os familiares para que a situação não chegue a esse ponto, de contratar intervenção externa. Furtado ressalta que há sinais indicativos, geralmente relacionados à mudança do padrão de comportamento – o que também ocorre quando o adolescente passa “simplesmente” por depressão.
- Se há suspeita, o melhor é conversar e estabelecer novas regras, diz Furtado, sobre uso de drogas e outras condutas inadequadas.

 

                   

                  

Sou um cêrebro, Watson. O resto de mim é um mero apêndice”

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DETETIVE BRENO TEODORO Investigações que dão resultado: quarenta por cento dos adolescentes estão envolvidos em algum tipo de desvio
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